7 de julho de 2008

Hora de saltar


Na janela do coletivo


às vezes o olhar se perde


e o pensamento voa


As luzes vão passando depressa



E dá vontade de sair de mim e passear entre os carros



e as casas e os prédios e os postes no horizonte



E ver o invisível, conhecer o desconhecido



Desvendar o mistério da noite e saber de coisas



que ninguém mais sabe e nem saberá



Dá vontade de ser grande, dá vontade de voar



Mas meu pé ainda está no chão



E o freio brusco mostra que chegou



Dou sinal, caminho até a porta



Hora de saltar
Diândria Daia, julho de 2008