27 de agosto de 2008

Gramado


No início de agosto fui à Gramado (RS) pela primeira vez, conhecer o Festival de Cinema que acontece por lá. Embarquei com um grupo de vinte pessoas da faculdade que se juntaram para um projeto em torno do festival.
Chegando em Gramado, eu era a típica turista. Queria tirar foto com tudo e com todos! E descobria coisas novas a cada esquina. Primeiro descobri qual a sensação de ser uma cebola. Eram camadas e camadas de blusas de frio. Não me esqueci de nada: cachecol, luva, toca, meia, casaco e várias blusas longas de algodão e de lã. Se o tempo esquentava ou se entrava num restaurante, lá ia eu tirar as minhas camadas. Depois, na hora de sair, era só vir um ventinho e lá ia eu, vestir as minhas camadas.
Descobri também novas paisagens e andei pelas belas ruas de Gramado, onde as residências, bancos e cafés se parecem mais com casinhas de bonecas. Vi as serras, as hortênsias e também os gramados. Sim, vi gramados em Gramado (muita gente me perguntou isso).
Matei saudade da neblina e das chuvas que há tempos não vejo por aqui em Brasília. Sei que o tempo delas por aqui vai chegar, mas aproveitei bastante enquanto eu estava lá. Soltava fumacinhas nas conversas e nas gargalhadas, corri pra chuva e depois corri da chuva.
Curti cada minuto da linda cidade que se descortinava à minha frente. Provei os vinhos, chocolates, fondue, queijos, capelleti, chimarrão. Eu não queria que nada passasse por mim sem que eu provasse. Fiz novos amigos por lá, alguns de perto que estavam longe, outros de longe que agora estão um pouco mais perto. E por fim descobri novas saudades por aqui. Juro que eu não sabia que ia sentir tanta falta assim. Só que voltei e ainda estou longe. A saudade continua. Deixa estar. Uma hora passa, ele volta ou a gente esquece.

Ah, sobre o festival? Maravilhoso!! Mas isso merece um outro texto, que logo logo coloco por aqui.