14 de fevereiro de 2009

Esqueça

O silêncio esmaga o corpo imóvel
E se... E se? Não dá; é óbvio
Corpo jogado na cama
Sensação de dormência consome
Escondo o que sinto na lama
Afundo, inflama, derrama
Tristeza não some

Olhar fixo no teto branco, espanto
Entreaberta a boca sem gosto, desgosto
Escorrem quentes e salgadas lágrimas, magmas
Tudo quieto menos o pensamento, lamento
Respiração tão pesada que sufoca, importa?

Nada mais para na cabeça
Desenho, cogito, reflito, vou e volto
Não quero – revolto – me esqueça!
Sem contento agora me rendo
Riso por fora
Por dentro sofrendo

2 comentários:

Alex Canuto de Melo disse...

nossa amiga, esses poemas são de vossa autoria??? incluíndo a paródia de João Cabral, o poema de Maria... aquela que em nossa presença caminha? ficaram simplesmente lindos! de verdade, estou impressionado com a beleza desses versos! parabéns.

Alex Canuto de Melo disse...

obrigado por postar comentários lá no blog!